Foi em 2011. Eu
estava passando alguns dias na casa de tia Margarete, que me levou a uma festa
junina na escola em que ela lecionava. Era uma sexta-feira. A festa estava
animada. Como titia trabalhava numa das barracas, fiquei algum tempo com ela.
Depois, resolvi caminhar entre a multidão, composta, principalmente, por alunos
da escola. Cruzei com muitas meninas bonitas, mas a mais bonita de todas estava
na barraca do beijo. Tento ou não tento?
Comprei o
bilhete, apresentei-o à garota.
— Meu beijo —
pedi.
Eu disse que
ela era bonita? Era linda. Negra de cabelos alisados que lhe iam até abaixo dos
ombros, lábios grossos realçados pelo batom vermelho, sobrancelhas finas bem
cuidadas, ela pegou meu bilhete e, para minha decepção, virou-se para trás.
— Professor, é pro
senhor! — chamou.
Encostado no
balcão do outro lado, um gordinho de baixa estatura se voltou para nós. E eu o
reconheci. Era Carlos! Quem leu Érika 13 sabe da aventura que eu vivi
com ele, em 2008, numa excursão que fiz com Margarete e o corpo docente da
escola. Foi a primeira vez que chupei um pau [LER]. Isso a gente nunca esquece.
E ele, obviamente,
não tinha esquecido. Apenas não me reconheceu de imediato; afinal, naquela
época, eu ainda tinha o corpo infantil. Por isso veio com o selinho engatilhado
nos lábios; mas, já bem próximo, parou como se contido por uma barreira invisível.
Olhou. Olhou.
— Você não é a
sobrinha da Margarete?
— Sou eu, sim —
sorri.
— Você
cresceu... — disse ele como se falasse consigo mesmo, baixando o olhar para os
dois graciosos montículos sob minha blusa.
Nesse momento,
tia Margarete veio dizer que precisava ir embora, pois não estava se sentindo
muito bem. Lamentei. Perguntei se podia ficar. Carlos se ofereceu para me
levar. Ela concordou.
— Cuida bem
dela, tá? — recomendou titia, sem perceber o brilho nos olhos do professor, que
me mandou entrar e me apresentou sua colega de barraca. Kátia. Esta, pouco
depois, disse que precisava ir ao banheiro.
— Eu também —
apressei-me em dizer.
Liberado para
todas as que trabalhavam no evento, o banheiro das professoras recendia a
pinho, sinal de faxina recente. Limpo. Limpo e bem iluminado, bem mais do que a
barraca. Lá, a beleza de Kátia me cativara; ali, me excitava. Eu a desejava.
— Ainda não
recebi o beijo — arrisquei. — E já paguei.
— Não seja por
isso — disse ela.
A aproximação
de seu rosto fez subir um arrepio por minha espinha. Um doce arrepio que moveu meu
braço esquerdo. Enlaçando-a pela cintura, colei meus lábios aos seus, mudando a
intenção do beijo. Sua intenção era um selinho. Mas, quando se deu conta, minha
língua mineteira explorava sua boca, dominando sua vontade, despertando um lado
adormecido de sua sexualidade. Ao mesmo tempo, deslizando, minha mão direita se
introduziu em sua calça, depois na calcinha, onde encontrou um monte de Vênus avantajado
e uma racha longa e úmida.
Nesse momento,
porém, bateram à porta.
— Vou te dar
meu telefone — disse ela antes de puxar a descarga, para dissimular, e saímos
sem ter feito uso da finalidade para a qual o banheiro foi inventado.
Mas minha tesão
estava acesa. E, quando fico com tesão, fico disposta a tudo (isto é, quase
tudo). Depois de anotar o telefone de Kátia, aleguei cansaço e pedi que Carlos
me levasse para casa. Ele pressentiu minha intenção, pois não demonstrou contrariedade.
Uma vez em seu carro, esclareci:
— Na verdade,
eu não estou cansada.
— Não? — disse
ele arrancando suavemente. — O que você tem então?
— Ai, professor
— suspirei pondo a mão em sua perna. — O que eu tenho é uma coisa muito fácil de
resolver. Por que você não para em algum lugar discreto?
Estávamos no
rumo da casa de titia, numa rua movimentada. Então, tendo rodado mais alguns
minutos, ele entrou numa ruela desprovida de calçamento e tão cheia de buracos
que por ali só passaria alguém que tivesse muita necessidade. Havia ali poucas
casas e nenhuma iluminação.
— Aqui está
bom? — perguntou ele estacionando.
Não respondi. Minha
tesão, após a sessão de libidinagem no banheiro com Kátia, transformava-se em
necessidade. Eu precisava com urgência de uma boceta ou de uma pica. E a pica
estava ali, dentro da calça daquele trintão, latejando por uma garota de quinze
anos linda e ousada. Linda e ousada. Minha beleza, ele não conseguia ver
naquele lugar escuro. Mas conhecia-a. Minha ousadia, quando comecei a abrir sua
calça, trazia-lhe a confirmação de um momento mágico, três anos antes, que ele às
vezes chegava a duvidar ter realmente acontecido.
— Eu comentei
com um amigo o que aconteceu aquela vez na excursão — disse ele tremendo de
emoção enquanto eu puxava seu pau para fora. — Espero que me desculpe, mas, de
todo modo, eu não revelei seu nome.
O amigo achou
que ele estivesse inventando história. Mas, pudera! Como alguém poderia
acreditar que uma menina que ainda nem tinha seios pudesse entrar no quarto de
um homem adulto e fazer-lhe um boquete de tirar o fôlego?
— Se ele me
conhecesse — disse eu segurando novamente o primeiro pau que eu tinha chupado
na vida —, saberia que é verdade.
Dito isso, eu me
inclinei e pus na boca o pau de Carlos. Vocês já sabem o que eu sinto nesses
momentos: o mesmo que ele sentia. E o que ele sentia era a maciez e o calor de
minha boca grande por natureza a envolver completamente seu pênis, sensação que
se transmitia ao meu clitóris, causando-me frissons de prazer. Afagando meus
cabelos, Carlos inspirava e expelia o ar ruidosamente enquanto eu fazia seu pau
deslizar entre meus lábios.
— Ai, Érika... —
dizia ele. — Ai, como você chupa gostoso...
Eu conheço a
anatomia masculina, conheço as zonas erógenas de um homem. Quem leu Érika 12
sabe por quê. Ao sentir que a ejaculação estava iminente, interrompi o vaivém de
minha cabeça e, apenas mamando com movimentos de sucção, aguardei o orgasmo,
que veio fazendo todo o meu corpo tremer enquanto minha boca se enchia de
esperma. Que alívio...
— Vou contar
uma coisa — disse eu minutos depois, quando ele estacionou em frente à casa de
titia. — Aquele dia, na excursão, foi a primeira vez que eu chupei um pau.
Ele fez um
carinho em meu rosto, aproximou a boca para um beijo. Mas, como vocês sabem, eu
não gosto de beijo de homem. Por isso aceitei somente um selinho.
— A gente pode
se encontrar de novo? — perguntou ele.
— Claro que sim
— confirmei. — É só me telefonar.
Ele telefonou
dias depois e eu vivi uma situação diferente. Mas isso é outra história.
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