Liguei para
Kátia sábado, dia seguinte à festa junina. Ela prometeu e veio domingo. Eram
três da tarde. Titia havia saído com seu marido. Ao recebê-la à porta, tomei-lhe
as mãos, puxei-a de encontro ao meu corpo. E ficamos abraçadas.
Corações
pulsando, sensualidade aflorando, o primeiro beijo foi ali mesmo. Beijo
delicioso, promissor, que deixou minha boca pintada de seu batom. Vermelhos,
como na noite da festa junina, seus grossos lábios se uniam aos meus,
mordiscavam, abriam-se para dar passagem à minha língua ávida. Linda, cheirosa,
deliciosa, Kátia dava, finalmente, vazão ao lado recalcado de sua
personalidade.
— Você já ficou
com outra menina? — perguntei.
— Mais ou menos
— disse ela reticente. — Já faz muito tempo.
A chegada da puberdade,
a descoberta do corpo, a confusão de sentimentos. Como acontece em muitos
casos, sua passagem da infância para a adolescência foi marcada pela curiosidade
que a levou a se aproximar fisicamente de uma colega de aula. Um beijo,
carícias tímidas. O “mais ou menos” de sua resposta significava que não tinha
passado desse ponto. Faltara-lhe ousadia. Mas o desejo permanecera latente e
agora, aos dezessete anos, aflorava no brilho de seus olhos.
— Você é tão
bonita... — disse ela.
— E você é linda
— devolvi tirando-lhe a blusa.
Logo o sutiã
também saiu de cena, liberando os seios médios, de aréolas mais escuras que a
pele do entorno e mamilos enrijecidos pela expectativa. Beijei-os. E tentei abrir
sua bermuda.
— Não — disse
ela segurando minha mão.
Ela estava
menstruada.
Um pouco
decepcionada, pois ansiava provar a boceta que eu havia acariciado no
banheiro da escola [LER], deixei-me levar, contudo, pela intuição. Se ela tinha
vindo, apesar de tudo, algo ela desejava. Deitando-a na cama, dediquei-me,
então, aos seus seios. Ajoelhada a seu lado, eu me inclinava, beijava-os,
sugava delicadamente os mamilos. Ela suspirava, fechava os olhos, reabria-os.
Havia ansiedade em seu olhar; e também na mão, que levantou a frente da minha
saia para confirmar o que ela já havia percebido: eu não usava calcinha. Foi o
que bastou. A visão insuflou-lhe a coragem que faltara, cinco anos atrás, por
ocasião de seu leve envolvimento com a colega de aula. Compreendi. Afinal, não era
a primeira vez que uma mulher se deixava dominar pelo fascínio da minha graciosa
boceta, lisa por natureza, como está explicado em Érika 12.
Deitando-me com
a saia arregaçada, recebi, primeiro, o toque de seus dedos curiosos em meus lábios
íntimos. Depois, um delicioso arrepio me subiu pela espinha dorsal ao sentir
seu hálito quente em meu ponto mais sensível. Quando ela colou a boca à minha
boceta, exalei um ah! de tesão e satisfação.
Com a
sofreguidão de quem não quer perder uma ocasião tantas vezes pintada em sua
imaginação, Kátia chupou minha boceta com uma dedicação admirável. Passava a língua
na rachinha, mordiscava, beijava. Às vezes parava, engolia a saliva misturada
com o mel de minha excitação, olhava para mim, sorria com a felicidade de uma
criança que acaba de provar uma guloseima até então inacessível, e voltava ao
minete.
Ninguém precisa
ensinar uma mulher a chupar boceta. Todas sabem fazê-lo. Basta querer. E ela
queria. Ah, como queria! Chupando principalmente
para satisfazer suas fantasias, ela se deliciou com o meu sabor; depois,
abrindo mais minhas pernas, ela pôs a língua em ação diretamente em meu clitóris,
arrancando-me os primeiros gemidos.
E as primeiras
palavras:
— Isso, linda...
Chupa meu pinguelinho... Ai, que gostoso...
Gostoso. Que outra
palavra para exprimir o nível de excitação que me proporcionava sua boca? Gostoso...
gostoso... Incentivada por minhas palavras entrecortadas de gemidos, Kátia se
esmerou. Incansável, sua língua estimulou meu grelinho até que o meu primeiro orgasmo
veio. Gostoso.
— Gostou de
chupar boceta? — perguntei quando, com a satisfação estampada no rosto, ela me
beijou nos lábios, levemente.
— Adorei...
Linda Kátia, que,
nos meses seguintes, passou a me relatar, via Messenger, suas eróticas aventuras
no bosque de Lesbos; linda Kátia, que tirou minha blusa, mamou em meus
peitinhos, depois voltou a acomodar-se entre minhas pernas para me fazer
levitar num mundo de prazeres indizíveis. Uma vez liberta das amarras psicológicas
e morais que antes a reprimiam, ela repetia “que delícia... que delícia...” e
chupava minha boceta melada de sua saliva e de meus sumos naturais. Foi uma
tarde inesquecível, marcada por uma sucessão de orgasmos ora leves, ora
intensos, que nos cegou para o mundo. E o mundo nos ignorou.
Assim como o
tempo.
Era noite quando
ela se despediu, lamentando ter de abandonar a posição entre as pernas que acabavam de lhe abrir os olhos para a beleza, a delicadeza e o sabor de uma relação lésbica.
Só tornei a encontrá-la pessoalmente um ano depois.
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